Quem sabe amanhã talvez ? . . .

Pedistes, na solidão dos teu olhos, só um olhar apenas

E eu, único testemunho de tal súplica, meu olhar te dei

Imploravas por melhores momentos, horas mais amenas

Impossível não atender tão tristes olhos, a ti me curvei

Resistir à tua boca, ali naquele instante, foi quase inútil

Nos meus braços, tão carente, tão sozinha, eu te beijei

Senti no mesmo olhar a repulsa, pelo meu gesto tão fútil

E entre a vergonha e a dor do gesto, teu perdão roguei

Mas, nas estrelas estava escrito, nosso amor era verdade

Vivemos no sabor de um novo beijo, agora correspondido,

A ventura de um mágico romance, tão despido de maldade

De momentos já eternizados, no prazer duplamente sentido

Vão-se as luvas ficam as mãos, no amor ficam lembranças

Dos sonhos só ficam esperanças, de um novo sonho vingar

No teu corpo, ficará a marca dos meus tatuados desejos,

Nos teus lábios os meus beijos, que tua boca irão marcar