UMA DEUSA NA MADRUGADA

Eis que o mito viajante nas estradas do agora, abandonou o dantes

Para que mágicos instantes lhe projetassem nas telas do meu querer

Sem avisar ou requerer, chegou trazendo seus superlativos delirantes

E com seus atributos insinuantes fez meu autocontrole se desfazer!

Munida de suas armas ingênuas em turbilhão de timidez que avassala

Inundou meu quarto e sala com o perfume da irresistibilidade

A provocar com naturalidade, a desfalcar meu arsenal que não se cala

A refletir sua luz de opala e me indicar seu endereço de sensualidade!

Ao me dizer adeus, deixou essências que visitaram meu posterior sonhar

E fez por lá tudo quanto já nos aludia a mútua necessidade

Brindou minha insaciedade lhe aguçando o apurado paladar

Pra de si mesma me alimentar com todo o despudor da reciprocidade!

E cavalgou insana amazona em nome do anelo devorador

Rasgando as sedas do pudor, deixando a clandestinidade vingar

Numa performance invulgar, digna do mais inapagável ardor

Que por toda madrugada incendiou este que persiste a lhe devorar!

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Por ti, Janete Fernandes, deusa nos anelos devoradores.

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/10/2011
Código do texto: T3285737
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