O poeta fingidor

Inspira-me nos sonhos traiçoeiros

Mentiras de uma dor e uma revolta

Pedidos, gritos, implora-se os desejos

Trancados pela solidão e o desistir

Vivendo na tortura de um pensamento

Contra o vento, na imagem um nuance

Despedidos das falhas indecisas

Controlados por perigos de um romance

A desafiar qualquer medida esse preço

No apresso da pressa de libertar

Com que tudo nada mais o interessa

Abandonado nas veredas de amar

Feito um louco, condenado por sua sina

Enfeita em rima coloridos e preto e branco

Quando dos lábios na boca um sorriso

Logo se esvai dos olhos o seu pranto.

Que das lágrimas a rolarem a tristeza

Do poeta, dramático e pouco triste

A enfeitar com amor seus véus e encantos

Transformando o que nele ainda existe.

Revelando na verdade as duas faces

Que se encondem no escrever e no pensar

A solidão resplandecente virando arte

Enquanto ele finge não se importar...

Feliz dia do poeta! 20 de outubro de 2011 :)

Evelyn Dias
Enviado por Evelyn Dias em 20/10/2011
Código do texto: T3288302
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