Não consigo te esquecer.
Eu tentei, sabia que tínhamos combinado de ficar longe um do outro, mas eu te digo que o ódio e a mágoa é grande, mas se eu me encontrar com você, estou com três pedras na mão, mas não quero te ferir, eu só queria distância da nossa distância.
Vou sair correndo pela contra- mão, me batendo entre os carros e gritando feito loca o seu nome...E de repente quando me vi, estava na sua rua, olhando aquelas casas, todas iguais, mas encontrei a sua janela e sem pensar peguei uma pedra e atirei contra sua janela, e saí correndo feito moleque, mas logo me arrependi e voltei, foi o medo de te acertar....Mas perais, era para te acertar mesmo e vingar todo mal que me fez, dessa vez não quebrou, nem trincou, não aconteceu nada, e a segunda pedra joguei e essa sim quebrou até o seu coração.
Se der um vento é maremoto, é mágoa, por isso choro, e agora vou embora pra sempre, é adeus... Será mesmo se consigo?
Não quero viver sozinha, trocando passos com a solidão, fico olhando o rio por onde a vida passa e fico ouvindo o silêncio que há em mim e basta.
Volto a vagar a noite pelas ruas, fumando um cigarro e pensando, lá estar eu na sua rua novamente e fico parada em frente de sua casa, pego um violão, toco e canto nossa canção e você aparece pela janela, e eu digo, desça e abra a porta e venha para perto de mim. E quando ele abre a porta tem uma surpresa, estou completamente nua em sua frente, sem vergonha...Vim aqui pra te reconquistar de novo e vou, ele me puxa ao seu corpo trêmulo, me acaricia o rosto e diz: Você é minha doidinha preferida e me beija ferozmente, me puxa o cabelo, me bota no colo e me faz mulher de novo.