Seivas da alvorada

Seivas da alvorada

Vany Campos

Tenho uma rosa suspensa na memória

É uma flor de amor

Onde um rio escorrendo molha a sombra

O tempo deitou raízes na água

Meus olhos assistem comovidos

Meu canto se afoga em borboletas

De que plaga se alça uma flor liberta

Na larguesa de vôos incontidos

A que espumas transidas remonta

Que céus que sonhos sempre a espera

No recesso azul de uma rosa?

Perola de foco de meus versos

Meu coração se esconde numa sombra

Vestido de palavras

No meu corpo sensível

Pingam gotas de orvalho

Molhando a madrugada

Alimento-me com as seivas da alvorada

Ébrias de estradas.

Vany Campos
Enviado por Vany Campos em 28/12/2006
Código do texto: T330345