[O destino nunca esteve definido]
Apresentando O Transversal
“La Folie... Um dia, apenas um dia, apenas uma noite”
O destino nunca esteve definido
nem com toda a honra,
nem com toda a promessa.
...
Navego-me por entre blocos de gelo
mais profundos que a visão
consegue alcançar,
e
em cada remada mais forte,
o receio do fundear a pique
escurece a visão.
O destino nunca esteve definido,
nem pelo gajeiro que avista terra,
nem pela cruz que se crava no areal,
...
e os homens...
nas suas crenças e paganismos
apenas queriam terra firme.
[orgulhos...riqueza].
...
Sempre preferi o regresso,
sem glória ou bandeiras arvoradas,
quero o teu colo,
sentir a tua pele,
ouvir os teus sussurros na noite fria,
[apenas o regresso...].
...
O destino nunca esteve definido,
e a morte [sem o corpo],
sempre andou lado a lado,
por vezes mais à frente do horizonte,
outras empurrando o corpo [para o abismo].
...
Quero-me no caminho do nosso destino,
rota inspirada em Vénus,
no universo infinito onde estrelas e constelações
que iluminam o mar tenebroso, traçaram.
...
[sem astrolábio, nereidas, ou bojadores].
…
O destino nunca esteve definido,
esteve sim, adormecido...
[...amor...]
...
...que nasçam então tulipas e margaridas no mar
que o destino quis, que nascessem em terra...