POEMA PARA UMA POSSÍVEL DESPEDIDA

Hoje,

Quero sentir os primeiros raios de sol,

Co’a mesma emoção que senti

Ao sair do útero de minha mãe;

Hoje,

Quero os meus passos de pés descalços,

Não inocentes... Mas, desarmados,

Como foram meus primeiros passos,

Sob o olhar de minha mãe.

Hoje,

Quero tomar decisões certeiras,

Não mais inocentes... Mas, desarmadas,

Como foram as primeiras decisões,

Quando ainda minh’alma,

Inocente e desarmada,

Não magoava, nem feria.

Hoje,

Quero viver o meu dia,

Ensolarado ou chuvoso,

Mas, totalmente iluminado,

Sem fazer lágrimas rolarem;

Hoje,

Quero voltar para casa

Na certeza do dever cumprido,

O maior de todos os deveres,

O nobre dever de amar.

Hoje,

Quero a noite embalando o meu sono,

Quero as nuvens por travesseiros,

Quero estar coberto de estrelas,

E dormir na leveza da alma,

Sem medo... Se o amanhã não chegar!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 28/10/2011
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T3303639
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