Como dói viver de aparência

Sempre que saio a passear

antes o intinerário refaço

Porém ir aquela praça

hipótese alguma não faço

Agindo pela minha intuição

um bom tempo não passo!

A praça é motivo recordação

muita lembrança de você.

Justamente aquela praça

a primeira vez pude lhe ter.

Flores de mim ganhastes

poemas fez por merecer.

A brisa tocando seu rosto

suas mão frias e serena.

Em um gesto afetivo

beijei suas mãos pequena.

A lua quieta no ceú

presenciava aquela cena.

Ao tocar seu belo corpo

sutiã ainda não usava.

Com múltiplos desejos

seu corpo transpirava.

Era possível reconhecer

o tesão na pele aflorava.

Toda vez que ficavamos

a calçinha era presente.

Limpando interior do carro

achei uma casualmente.

E tudo que vivenciamos

recordei o filme na mente.

Hoje está com um noivo

quando encontra comigo

O olhar muda a direção

eu lhe respeito nem ligo.

Não penso em ser visto

como terrorista ou inimigo.

Sei que nada de mal lhe fiz

gostaria apenas lhe dizer:

Foi bom o que aconteceu

as calçinhas posso devolver.

E suas loucas fantasias

em o segredo vou manter.

Meu coração não tem espaço

para guardar rancôr.

Apenas posso lhe desejar

seja feliz com quem casou.

Se ele não te satisfaz

teu semblante mostrou.

Não adianta viver assim

não esgote sua paciência.

Logo notei rapidamente

toda sua dor e carência

não adianta persistir.

Aparência dói na consciência...

José Humberto da Silva
Enviado por José Humberto da Silva em 30/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
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