A razão do deleite

Um atraso de espera invade o tempo

toda a invenção é da pele morena

o envolvimento desaparece na madrugada

e nada de solidão...

A mágia da poesia vira a razão

e solta faísca no branco da folha

transforma cada palavra

na vontade da moça

que toda ela suspira

que em tudo ela me inspira.

Não prepara a boca nua

e na minha se veste da cor da lua.

Em plena viagem embaraçada

o gosto do arrepio de um vento frio

num vôo sem volta

de um rumo sem troca.

O ser mutável perde poderes

diante desse deleite

que incompleto

se despede da perfeição

e ganha a atenção de um gozo límpido

na fantasia do momento

nada se transtorna

a recordação do sentimento

é o que tudo se torna.

Letícia Dantas
Enviado por Letícia Dantas em 01/11/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3310976
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