INVENTARIANDO O AMOR

Quando eu morrer
e hei de me encantar,
ainda e até lá
continuarei a te amar...

Fiz voto de eternidade
e volto a te dizer
com toda sinceridade
que esse amor assim vai ser...

Digo neste testamento
nosso amor de encantamento,
além do firmamento infinito,
bendigo-o e será bendito!...

O que passou, passou
e se passou num passamento
não quer dizer que acabou
tão grande sentimento...

Se não foi, se eu não fiz,
nenhum mal quis, não me quiseste,
e nem me fizeste,
o que importa é ser feliz...

Cada tijolo e viga, bem amarrados
pelos laços do nosso amor que sobra...
ficaremos num cais dum pós, grudados,
como o alicerce de nossas obras...

E no que planejamos ao futuro:
Um lar, uma família, respeito e paz...
Tudo que um casal espera e faz
lutando a que não haja furo...

E grudado na cintura um do outro
voaremos montados num cavalo alado
singrando os mares, rompendo ares e em brumas, soltos, somente nós:
Eu, tu e nosso cavalo...

Salvos esses requisitos,
o amor não passará de um mito!
Se não, não valeu o passado
perenemente perenizado...



Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 07/11/2011
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T3322727
Classificação de conteúdo: seguro