ENIGMA




Pressinto-te, nesta tarde, alva, tímida
Como chegarás do céu, numa carruagem
Desconhecida, sem aviso da tua viagem...
Pressinto-te como chegarás íntima.


Passarei a conviver com teu enigma
De prender-me na espera de uma vida,
Beijo que me negarás. Descomprometida,
Terás meu sangue na pele, alma e estigma.


Pressinto-te irresoluta, eterna como serás.
(Eternidade que de mim fugirá.)

Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 11/11/2011
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