a filha de atlas
O Transversal
“La Folie.... Hey... Ya...!!!”
No ardor do desejo que me
consome,
esqueço o tempo, esqueço-me do poema,
da ansiedade construo o som,
que se quer grito,
o vento é furacão,
o mar é maremoto,
…
ah... e nesta terra, gasta
de palavras,
promessas, enterram-se
os que se dizem de mortos.
…
[Toco nas tuas costas nuas...].
...
Arrepia-te a pele, encrespa todo o pudor
que se rende na minha submissão,
enquanto as magnólias adormecem,
algures,
embaladas pelo frio,
pela terra prometida,
…
e o desejo não desiste,
quer mais, quer tudo,
quer mais que sonho real,
quer mais que a imaginação,
mesmo no desejo maior de todos,
e que atlântida regresse das águas, renasça
a filha de atlas.
…
[Que o sul seja a norte...],
[...que as mãos sejam primavera...].
… que a aurora boreal adormeça no mar,
[...também],
… que as portas fechadas deixem de ranger...