Novamente o amor
O amor é algo sem motivo
Mas é da vida
Toda a motivação
É por isso que vivo
Mesmo sem ter resposta definida
Do porquê ter amor no coração.
O amor é irracional
Sendo da vida razão da existência
É um cego equilibrista
Que na frágil corda emocional
Balança, balança e voa com veemência
Podendo ou não cegar à primeira vista.
O amor é prodígio
Por ser universal e restrito
Mas ao negar a razão
Torna-se tolo de prestígio
E quando se pensa que é infinito
Masoquistamente se engana o coração.
O amor, como já disseram os poetas
É tudo e também é nada
É luz e também é treva
São coisas discretas e indiscretas
É a paixão exagerada
E é o erro que às vezes se releva.
Cícero