TELEFONE PRA QUÊ?
Uma voz ao telefone, até parecia ter cor!
Sussurrava o meu nome, me chamando de senhor,
Imagem em forma de cone seja lá bem como for;
Voz alta de microfone chamava-me de amor!
E foi se intensificando, a conversa alta e clara,
Duas pessoas se amando, essa doença não sara?
Estava desconfiando, essa conversa não para!
E continuava falando, aquela voz meiga e rara!
E nas estradas da vida sempre se encontra carinho,
E quanto mais dividida as encruzas do caminho,
Com a margem colorida, mesmo cercada de espinho;
Parece uma avenida que levará ao meu ninho.
E se tudo correr bem, não haverá mais telefone,
Para dar o amor que tem, e sussurrar o meu nome,
Pois estaremos aquém, sem ter sede ou mesmo fome.
É que usará também meu singelo sobrenome!