TELEFONE PRA QUÊ?

Uma voz ao telefone, até parecia ter cor!

Sussurrava o meu nome, me chamando de senhor,

Imagem em forma de cone seja lá bem como for;

Voz alta de microfone chamava-me de amor!

E foi se intensificando, a conversa alta e clara,

Duas pessoas se amando, essa doença não sara?

Estava desconfiando, essa conversa não para!

E continuava falando, aquela voz meiga e rara!

E nas estradas da vida sempre se encontra carinho,

E quanto mais dividida as encruzas do caminho,

Com a margem colorida, mesmo cercada de espinho;

Parece uma avenida que levará ao meu ninho.

E se tudo correr bem, não haverá mais telefone,

Para dar o amor que tem, e sussurrar o meu nome,

Pois estaremos aquém, sem ter sede ou mesmo fome.

É que usará também meu singelo sobrenome!

Hamynhas Mathnatha
Enviado por Hamynhas Mathnatha em 21/11/2011
Código do texto: T3347621
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