Versos de amor

Para o tempo e eu sento

E me traz o ágil vento

No seu conturbado relento

A saudade.

É minha luz o teu perfume

Cujo imenso lume

Faz-me sentir no cume

Da felicidade.

Nem mesmo a chuva fina

Dos meus lábios – oh, menina -

Tira teus beijos de felina

Em tenra idade.

Que mesmo na noite escura

Sem pedir nem dizer alguma jura

Mostra-me com imponente ternura

A tua lealdade.

Tornam-se hoje esperança

Aqueles sonhos de criança

Que um dia serão lembrança

Da simplicidade.

Conservemo-nos porém em harmonia

Meu bem – diante da dor e da alegria

Para que essa nossa fantasia

Seja realidade.

Creiamos meu amor no momento

Na grandeza desse sentimento

E no nosso real intento

De amarmos de verdade.

Não façamos do passado dura legislação

Nem do futuro uma cruel obsessão

Dando assim ao nosso coração

Uma oportunidade.

Mas não nos esqueçamos da vida

É ela que nos dá a chegada e a partida

Que nos dá a sede e a bebida

E a ambigüidade.

A ambigüidade do Bem e do Mal

Do açúcar e do sal

Da razão e do emocional

E da liberdade.

Cícero

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 24/11/2011
Código do texto: T3354733
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