Outra vez o amor
O amor não é caçador e muito menos é caçado
Ele apenas é e está para quem quise-lo
Sem querer possuí-lo, sem querê-lo aprisionado
Só para quem desejar pregá-lo sem usar martelo.
De coisa alguma o amor é sujeito
Tampouco de qualquer coisa é objeto;
Quem o pensa assim tem um grave defeito
E o coração não é digno de ser seu teto.
O amor não é Fogo e nem é Mentira
Ele é puramente socrático e platônico
E não se pode falá-lo de modo lacônico.
Por isso não se deve buscá-lo numa lira
Ou vivê-lo só em uma forma
Também por isso a ele não se impõe norma.
Cícero – 17-12-04