Ressentimentos...
 
Estes nunca existiram!
Porque nunca houve espaço para tal,
E se os tivessem seriam muito pequenos
Diante da avalanche dos sentimentos superiores    Dantes nunca experimentados
Ou vistos em nossas vidas...
 
Meu amor estava apenas menor...                              Menor do que o deste instante
Em minhas vivas e fervorosas lembranças,
Porém nem mais e nem menos que o teu,
Que irradiava, estavam latentes  em teus gestos,
No teu olhar, na tua forma de falar,
No teu beijo, no teu cheiro e no teu tudo...
Na forma de me amar...
 
Estavas ali toldada de uma leveza espiritual
Onde as nuvens sopradas pelos bons ventos
Cobriam as distancias cruéis impostas às nossas vidas.
Como falaras, pode haver razões
Que nem elas explicam a nossa separação,
E se forem suficientes para nos afastarem,
Não seriam bastante para suplantar
Ou comar em definitivo este grande amor...
 
Jamais encontraremos as palavras...
Palavras que descrevam esta nossa harmonia,
E talvez nunca a encontremos em mais ninguém.
Hoje, acredito que Deus nos fez um para o outro,
E se entendermos isto, romperá com o mundo.
E quanto a nós, não haverá lutas,
Sofrimentos, angústias ou desejos
Que não sejam superados...
Estaremos juntos!
 
Nem que seja em dimensões
Que sequer se faça necessária
A  presença das nossas matérias físicas.
Tenho certeza que já atingimos dimensões,
Dimensões metafísicas e transcendentais.
O amor por si nos torna assim,
Excêntricos, excelentes,
Superiores na felicidade extrema...
 
Amo-te... te amo... te amo...

Não necessariamente teremos que estar juntos
Para entender que nos amamos.
E se junto ou quando junto estivermos...
Atingiremos o mais alto grau
 De um amor perfeito,
Esplendoroso e sublime...
 
Amo-te!...

Nada mais poderia ou teria a acrescentar.
Pois, para mim, nada é maior do que este sentimento
Cristalino, ativo, altivo e apoteótico.
Amo-te... Te amo... Te amo!...

 
Rio de Janeiro, 3 de Junho de 1999  
 
Francisco Rangel

 
Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 12/12/2011
Reeditado em 18/02/2012
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