MINHA ESPERANÇA

Eu sei que estou a contemplar

A tua, doce beleza, em vão,

Nessa nave estou a sonhar...

Na esperança de tocar tua mão.

Poderias ser o meu abrigo...

A minha estrela na noite escura

Minha dourada flor do trigo...

E as carícias regadas pela ternura.

Os dias passam, e, sempre passam,

As noites são negras, sem a rainha,

Que aos astros encantam...

Na esteira dessa casa sozinha.

Apenas, sonho e abandono,

Talvez, um dia, qualquer, te amar,

Distante dos teus lábios... sonho...

Poder mergulhar no teu mar.

Antes que tarde seja...

E que o tempo derrame a solidão

E leve consigo tão nobre beleza

Que flutua nas nuvens do coração.

Agora caminhas pela névoa

Pelas calçadas da rua orvalhada

Entre o acanhado sol e a garoa...

Da sublime tarde de verão dourada.

Seja talvez, a minha flor prometida,

Que espero colher neste jardim

Entre tantas esperas perdidas...

Tu és a esperança que desabrochou em mim.

Ronaldo Balbacch

São Paulo – SP, 17 de dezembro de 2011

RONALDO BALBACCH
Enviado por RONALDO BALBACCH em 17/12/2011
Reeditado em 17/12/2011
Código do texto: T3393523
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