COLAR

por ser de cá

por um cá assim de quem

te vê o pescoço,

de quem assim

faz um esforço pra entender

por que

é tão apaixonante,

“corrente”

não se aplica ante

delicadeza assim...

antes chamar-se diferente

nome qualquer

que sugira,

um quase não ser

que resiste em existir!

que corta a pele sem a ferir

mas que a risca,

marcando.

como um traço inteligente

soberano, mestre,

um traço brando...

outro fio louro

que lhe desce pescoço

e se acomoda.

qu’encanta e abraça!

em forma de roda.

pende um pingente na ponta,

de peixe ou coisa assim,

deitando e dormindo

no claro da menina namorada...

Eu olho, eu conto,

(mesmo! cada!)

elozinho formante

do filetinho brilhante.

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 20/12/2011
Reeditado em 20/12/2011
Código do texto: T3397818