TELA FRIA...

Devoro teu sorriso e assim me lanço ao céu

Por entre os labirintos desse monitor...

E movo este dançante e gélido cursor

Circunferenciando teus lábios de mel...

Porém a insanidade muitas vezes chega

A admoestar à alma aberta em chagas

Cortada pelas lâminas de mil adagas,

No açougue virtual dessa tragédia grega...

E a boca salivante rege o olhar estático

Que adentra e violenta o invólucro fantástico,

Sulcando o coração em cada vã planície...

Rompendo e corrompendo paralelamente

O odor do amor que morre gradativamente

No leito crucial da letal superfície...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.