A flor que nasce / A flor cresceu

A FLOR QUE NASCE

Flor que nasce, para que cresças

Aguardas o teu sol aparecer

Tuas pétalas brotam no alvorecer

E não quero que desapareças.

És digna de carinho, desejo e luz

Mas não cabe a mim

Ser aquele que te conduz

Rumo ao trono do teu jardim.

Contigo guardas tuas quimeras

Protege-as bem em teu coração

E não te iludas com duas feras

Que se dizem chamar Dor e Paixão.

Serás infinitamente forte

Se creres em tua força de vida

Pois um broto quando chega a árvore crescida

Flor que nasce – ele tem medo da sorte.

Não esperes pela chuva dourada

Que te fará florescer e reinar

Vá atrás, deixe-a sobrecarregada

Pois ela só mata a sede de quem sabe procurar.

O sol tem brilho eterno

Sê-lo!? Não posso!? Não sei!? Quero!? Gostaria!?

Desejo ser a lua de brilho terno

Pois ela ilumina a grande amizade que se principia.

Cícero – 16-09-98

A FLOR CRESCEU

Transformei em flor

O botão de outrora

Só me resta agora

Regá-la com amor.

Tornou-se linda rosa

Aquela flor que nascia

Hoje é musa de poesia

E enredo de bela prosa.

Transformou em jardim

A minha escura vida

Para a dor trouxe fim

E para a tristeza despedida.

Suas pétalas ao vento

Por um deslize da razão

E por um breve momento

Quase deixei ir sem emoção.

O mais imperdoável pecado

Este meu ato teria sido

A possibilidade de tê-la perdido

Faria-me justamente abandonado.

Mas hoje a flor cresceu

Deixando-me orgulhoso

E sendo o mais precioso

Presente que Deus me deu.

Cícero – 26-12-04

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 22/12/2011
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T3402126
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