O tempo do amor !
O tempo do amor !
Perdido me meus caminhos
Bêbado de nostalgia
Procuro nos mais distantes povoados
Pela minha alma .
Nesses caminhos tortuosos
Que um dia eu vivi
Deixei perdidas na selva
Minhas doçuras vividas
E encontrei na relva
O orvalho da vida .
A sonoridade do campo
Levou uma suave melodia pelos ventos
Chegando aos meus ouvidos
Pela brisa amena e doce
Da manha de outono .
Olho no horizonte
Vejo a aurora de nossos dias
Olho ao céu
E a imagem da lua permanece
A encher os olhos
Com a perfeição de suas formas
E com a luz intensa
Que nas noites lindas os ilumina .
O dia vai clareando
O vento agora já se faz presente
Com uma temperatura mais quente,
Mais tórrida,
Lembrando o encontro
Do meu corpo
Ao calor de uma mulher .
Pelos meus caminhos tortuosos
Me perdi por tanto tempo
Que já não me lembro
Da mulher amada .
Não me recordo
Da fragrância do seu perfume
Nem do toque de seda
Da sua mão em meu rosto .
Sinto que minha vida,
Hoje pouco a ti importa .
Nosso amor morreu
Como a vegetação selvagem
A se encontrar
Com a lava incandescente
Que brotava da cratera do vulcão
Que se tornou nossa vida .
Mas eu te peço desculpas
Te peço perdão
Por não poder preencher
Com louvor
A sua fantasia de amor .
A esperança de novos amores
Renasce com o crescimento de nossa alma
E a fartura da paixão
Crescerá firmemente
Com o renascimento de nosso coração .
Desejo a você,
Uma nova fonte de paixão .
Eu,
Não quero mais sofrer,
Quero reviver,
E,
Não quero tu sofras,
Desejo que encontres o caminho da alegria .
Por isso,
Eu grito,
Eu afirmo,
Chega de tempo perdido
Chega de afastamento .
Quero brotar em novos campos
Colher rosas,
Semear novos horizontes,
Quero ser especial no peito de alguém .
A esperança de nosso amor
Não sei aonde ficou
Mais a esperança de uma nova paixão
Eu quero colher .
Chega de solidão
Quero deitar minha cabeça
Num seio carinhoso
Quero dedicar meus galanteios
A uma mulher presente !
Chega de solidão
Hoje só quer amar
Somente me apaixonar
E me dedicar a um novo tempo
Ao meu tempo do amor !