A ABISSAL SENSAÇÃO DA PERDA
Sinto o chão se abrir
sob os meus pés
e vou cair,
atravessar as crostas
do desamparo
e morrer calado.
Não penso em chorar,
pois, quando fracasso,
silencio
e olho para os outros
com uma profunda ausência.
Ela se foi.
O mundo é mais belo
que o meu amor mambembe.
Ela está em outro lugar.
O meu permanece assim
a esperar.
Os amores acabam
e eu, adolescendo ainda,
hei de crescer
e, maduro, amargar
a boca do tempo.
Meu riso será de escárnio!
E eu me vingarei...
(imagem: Miguel Delgado)
Sinto o chão se abrir
sob os meus pés
e vou cair,
atravessar as crostas
do desamparo
e morrer calado.
Não penso em chorar,
pois, quando fracasso,
silencio
e olho para os outros
com uma profunda ausência.
Ela se foi.
O mundo é mais belo
que o meu amor mambembe.
Ela está em outro lugar.
O meu permanece assim
a esperar.
Os amores acabam
e eu, adolescendo ainda,
hei de crescer
e, maduro, amargar
a boca do tempo.
Meu riso será de escárnio!
E eu me vingarei...
(imagem: Miguel Delgado)