Este poema eu não escrevi, mas gostaria muito de tê-lo escrito. Ele é de autoria de João de Jesus Paes Loureiro ( Poeta Abaetetubense).
Eu não me programei para nada
A não ser para ti
para estar junto a ti
para estar frente a ti
e te olhar com um misto de curiosidade e fascinação
tu és agora este poema a se fazer. A obra prima sonhada pelo poeta.
A maravilhosa coreografia de um acaso.
O sensualíssimo cheiro de sal e azul que vem do mar.
Não me importa que imudeça o telefone, que o carteiro não encontre o endereço
Que todas as estrelas apaguem como no teatro as luzes.
Deixe que o amor continue a esculpir o teu corpo nas minhas lembranças
Que eu possa ver todas as constelações reunidas em teu olhar silenciados em teus lábios entreabertos
Guardem as palavras que nunca serão ditas
Que a tua delicadeza encontre em meu peito o refúgio deste deserto de areia e solidão que é fora do amor
pois ainda que o destino me ofertasse outros destinos de paixão, metrópoles onde fundaram a minha glória, o lugar de encontrar as ilusões perdidas.
Eu não me programei para mais nada. A não ser para ti. Nada importa que não seja tu.