A flor crescida

Era uma flor em botão

Uma rosa para ser mais exato

E se apossou de meu coração

Com simplicidade e com recato.

Depois, a rosa desabrochada

Tornou-se mais bela e majestosa

Fazendo-se cada vez mais amada

Pela inocência do amor desejosa.

Porém, a mão que a fez crescer

Deslumbrou-se com a vida e a feriu

Causando-lhe um grande sofrer

Como nunca antes se viu.

Entretanto, se há dor, há carinho

E cicatrizada foi a ferida

Mas na cicatriz nasceu um espinho

E assim refez-se a vida.

Crescida, a for ficou também forte

Defendendo-se de quem lhe magoa

Traçando seus objetivos e seu norte

E não esperando, pois a vida célere voa.

Hoje, a rosa linda, firme e aberta

É mulher dona de si e apaixonante

Que como nunca antes desperta

Em mim um sentimento fascinante.

Por tudo isso que a quero em meu jardim

Para que juntos façamos um roseiral

De flores rubras, alvas, amarelas e carmim

E que a existência não signifique o final.

Cícero – 02-01-2012

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 02/01/2012
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T3418186
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