Sol de Amor

Existem versos e outros versos,

Existem versos certos,

Existem versos reversos

Que dizem o inverso

De tudo que eu quero,

Que dizem sobre o que espero,

Existem versos sem fim,

Existem versos em mim,

Existem versos que sim,

Que não ou talvez,

Existem versos que você fez.

Esses tocam fundo,

Tocam na alma do ser,

Veros que tocam em tudo

Que me remete a você.

Existem versos imensos,

Sem se quer uma palavra,

E os que descrevem toda a vida

Em uma única gota d’água.

Versos de vida, versos de morte,

Versos de pobre e de quem pode.

São tantos versos que eu não sei dizer,

Mas só um tipo de verso eu sei escrever.

Eu nem sei se eu que escrevo

Ou se já é ele quem me escreve,

É ele que me dá vida, que me descreve.

Já não sei se somos só um,

Se somos a mesma coisa

Ou se ele só vem me visitar,

Mas sei que é sobre amor

Que eu insisto em versar.

É ele que me carrega,

É ele que me inspira,

É ele que me dá trégua

Na pior de todas as brigas.

O amor finge que toca, mas bate.

Finge que acaricia, mas arrebenta.

O amor queima o peito

Como o diabo na água benta.

É por isso que digo

Que feliz eu já sou,

Mas serei feliz por completo

Quando mergulhar num sol de amor.

Walter Vieira da Rocha

04 de janeiro de 2012 às 20:05h

Walter Vieira da Rocha
Enviado por Walter Vieira da Rocha em 04/01/2012
Código do texto: T3422727
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