Rosa, fumaça, daninha, luz...

Fechei os olhos, era tempestade, tarde

O medo só agora deixou-me abrir, cedo

Aqueles olhares antigos eram a rosa

Os de hoje são as benditas daninhas

Acende o fogo, chama, fumaça, se foi

Quis colher a rosa, murchou

A rosa é fumaça como os primeiros olhos

Uma vez falaram-me que daninha é praga

A praga continua no meu muro, bendita

A rosa, onde está a rosa, ela, bela e fugidia

A rosa mentiu e foi-se, maldita...

O que ficou foram os segundos olhos, seus

Meus lábios nos teus encontraram refúgio

Não, não é passageiro como a rosa, falsa beleza

É como a daninha, real, bendita e por que não...

Bela.

Andrea Gonçalves Oliva Itacarambi

Andrea Itacarambi
Enviado por Andrea Itacarambi em 07/01/2012
Código do texto: T3427740
Classificação de conteúdo: seguro