INVEJA

Aposto que a lua

Em seu altar

Morre de ciúme

Da magia do teu olhar

O uirapuru, a sós

Canta a tortura

De inveja da doçura

Da tua voz

O violão

Com as notas turvas

Espatifou-se no chão

Quando viu tuas curvas

E que o sol, andarilho

Perdeu o juízo

Ao cegar-se com o brilho

Do teu sorriso

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 19/01/2012
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