Errar é humano, perdoar é divino!
Depois de tanto tempo felizes, juntos, sempre sorrindo.
Andando descalços nas ruas, na chuva, correndo.
De noite na cama ofegando, gemendo, se amando.
Assim era a nossa vida.
Mas num certo dia eu a vi chorando e se lamentando.
Demonstrando que na sua alma só havia o desespêro.
Me contou toda a sua história e a sua vida de êrros.
E ajoelhada aos meus pés implorou o meu perdão.
Naquele momento eu vi fluir toda a vida do meu coração.
Sufoquei, morri, tentei falar, não pude.
Tudo aquilo parecia uma loucura, uma alucinação.
As lágrimas descendo pelo meu rosto, e eu ali, calado.
Procurando entender os êrros da vida e os pecados.
Mas lá no fundo do coração, o meu amor falou mais alto.
Eu não queria perder a mulher que tanto tempo,
estava vivendo ao meu lado.
A voz voltou e eu a perdoei.
Ajoelhados e abraçados juntos ficamos ali.
Choramos agarrados e lamentamos a nossa sorte.
Resolvemos nos apoiar um no outro e seguir o caminho.
E se errar, será os dois juntos e não sozinhos.
O tempo passou, e o sol voltou a brilhar.
A felicidade, a paixão, estavam de volta ao nosso lar.
E eu tenho toda a certeza que ela não vái mais errar.
O meu coração, o meu corpo e todo o meu amor, é dela.
Eu seria o maior covarde do mundo se não a aceitasse.
Pois eu a escolhí para ser a minha mulher.
Para ser a minha vida, tudo para mim.
E não vái ser apenas um êrro.
Que vái acabar esse grande amor, assim.
Não vái, não...
Manaus, 21 de janeiro de 2012.
Marcos Antonio Costa da Silva