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Seguindo a poeta Lully FERRARIO

NA FLORESTA DO REINO DO ENCANTADO
Odir Milanez


Entidades fantásticas flauteiam
nas clareiras dispersas pela mata.
Há um fauno afinando a sua flauta.
Dois unicórnios, calmos, se penteiam,
depois pastam no pasto onde passeiam
seis ninfas, que lavavam-se num lago
sob as vistas virgíneas de um orago.
De repente, centenas de centauros
correm campos caçando minotauros,
seguindo os cheiros seus no vento vago.

Surgem nereidas nuas, dançarinas,
dez deidades dedilham suas liras,
sonolentos sacis acendem piras,
seguindo o som das músicas divinas.
Sátiros saltam sacudindo as crinas
em meio a flores de colores tantas.
Dançam danças de roda róseas antas
ao flauteio de Euterpe e das confusas
cantigas e cantatas doutras musas,
todas divinas, sensuais e santas!

No embalo da brisa, borboletas,
brincam, brejeiras, bicotando flores,
flores que formam fitas multicores
para enfeitarem tantas piruetas
sobre rosales, lírios, violetas,
orquídeas, margaridas, lisiantos;
para servirem de motivo aos cantos
do passaredo revoando os ninhos.
Esses cantos gentis dos passarinhos
dando à floresta divinais encantos!

Cruzando as copas, árvores gigantes
colorem seus ramais de verde-oliva,
da natureza sendo a tentativa
de retornar à cor da flora d’antes.
A noite conta o tempo dos instantes
do que resta do sol, quase apagado.
Ao dia dá-se adeus por todo lado!
Enquanto as sombras sondam seus espaços,
as árvores se beijam, dão-se abraços
na floresta do Reino do Encantado!

JPessoa/PB
20.01.2012
oklima



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Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor...
oklima
Enviado por oklima em 21/01/2012
Código do texto: T3453827
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