adeus, adeus

Não sou um cara complicado

De delicado paladar

Qualquer mulher é minha mulher

Qualquer quarto de hotel é meu lar

Posso dormir em qualquer lugar

As vezes só as vezes não,

As veses ponho: me reservo ao direito de admissão.

Quando uns labios ameaçam

Devorar meu coração

Ligo o sinal de alarme

E escapo em outra direção.

Passei duas noites em Sodoma

Vivi em Gomorra numa pensão

Quando escapei do paraiso

Satãn quis me estender a mão.

Se nos cruzarmos pela vida

Não me perguntes onde vou

Olhe meus olhos e adivinhe

O que busco e o que sou.

Não importa que feches a porta

Eu gosto de entrar pelo balcão

No dia seguinte deixo um buraco

Da minha fuga no teu colchão.

E digo adeus, adeus

Fecho a maleta e peço

Um taxi para a estação.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 25/01/2012
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