adeus, adeus
Não sou um cara complicado
De delicado paladar
Qualquer mulher é minha mulher
Qualquer quarto de hotel é meu lar
Posso dormir em qualquer lugar
As vezes só as vezes não,
As veses ponho: me reservo ao direito de admissão.
Quando uns labios ameaçam
Devorar meu coração
Ligo o sinal de alarme
E escapo em outra direção.
Passei duas noites em Sodoma
Vivi em Gomorra numa pensão
Quando escapei do paraiso
Satãn quis me estender a mão.
Se nos cruzarmos pela vida
Não me perguntes onde vou
Olhe meus olhos e adivinhe
O que busco e o que sou.
Não importa que feches a porta
Eu gosto de entrar pelo balcão
No dia seguinte deixo um buraco
Da minha fuga no teu colchão.
E digo adeus, adeus
Fecho a maleta e peço
Um taxi para a estação.