INVENTORA ( A CONFISSÃO)
Você me inventou,
mulher fascinante,
colando meus cacos itinerantes.
Hoje possuo um coração presente,
não aquele disperso e ausente,
que tanto precisava de um transplante.
Não sou mais o patético orador,
das inócuas promessas de vida,
mas sim um guerreiro objetivo,
com ações sérias e decisivas,
em que todo instante é derradeiro,
na necessidade de se fazer inteiro,
sem a dicotomia tradicional dos impostores.
Realmente você é fascinante,
de anão me fez gigante,
no sussurro de suas palavras,
simples, serenas, marcantes.
Não sou,
não quero
e nunca serei,
do seu amor, dependente.
Mas... você me fez amado,
e na vingança ao meu eu descrente,
com certeza estarei sempre feliz ao seu lado.