Diante do Porvir

Sou um conquistador e me seduzo de amor

Em esquinas e bares, clubes e altares

De minha consciência fogosa que goza

Nas inquietudes o vexame de minhas atitudes.

Sou um alcoólatra do amor que pranteia intensa dor

Na solidão de um claustro que tinge bem alto

As entranhas de uma saudade que nasceu na mocidade

E que navegou pelo tempo sobre as pedras do meu sentimento.

Sou o que penso e estou distante do bom-senso

Que rasurou o que fiz em busca de ser feliz

E me mergulhou num oceano onde habitam os desenganos...

Sou ainda megera criança e sonhador da esperança

Que nutre no íntimo o medo de ser tão somente um brinquedo

Que rola à toa e quebrado à espera do ser amado!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 05/02/2012
Código do texto: T3481082
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