Tu me chamas

Em momentos de delícia,

Extática, embevecida,

Numa voz, toda carícia,

Tu me chamas: "Minha vida!"

Sentira, à frase tão doce,

Exultar-me o coração,

Se a nossa existência fosse

De perpétua duração.

Levam-nos esses momentos

Ao fim comum dos mortais.

Ou não saiam tais acentos

Dos lábios teus nunca mais,

Ou, mudando a frase terna,

"Minha alma", podes dizer.

Pois a alma não morre; eterna

Qual meu amor, há de ser.

Lord Byron

Poeta Dom Casmurro
Enviado por Poeta Dom Casmurro em 05/02/2012
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