AMOR DE CARNAVAL

AMOR DE CARNAVAL

Engolfada pelas alegrias

De somente e únicos quatro dias

Esquecera de todos os seus medos

Que viraram meros arremedos

Fora uma paixão colorida

Pelas cores do carnaval

E que agora ficara doída

E lhe causava muito mal

Quando se entregara

Em nada pensara

Afinal era Carnaval

E o prazer era só carnal

Pelo álcool inebriada

Entregara-se com sofreguidão

Esquecera que era casada

Que era proibida a paixão

Agora era quarta-feira

Acabara a besteira

E aquela paixão vã

Não queria deixá-la sã

Deitada sem dormir

Ao lado do real amado

Pensava como sair

Daquele pesadelo acordado

Resolveu contar a folia

E ir embora definitivamente

Não fora o carnaval somente

Que provocara a alforria

Ele acordou a seu lado

E ela começou a contação

Ele calado

Ouvia com atenção

Estranhamente ele riu

E por incrível que pareça

O mesmo estava em sua cabeça

Com ele acontecera no Rio

Os dois morreram de rir

E ao invés de cada um partir

Subitamente entrelaçaram-se

E como nunca amaram-se

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/02/2012
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