Re (des) encontro
Voltamos a nos ver,
Ou será que nunca te vi
E todo aquele meu devaneio de paixão
Não passou de delírio ou sonho?
Voltamos a nos falar,
Ou será que nunca te ouvi
E quando me fascinava pelo tom de tua voz
Mergulhava intensamente em uma alucinação melodiosa?
Voltamos a nos sorrir,
Ou será que nunca me emocionei
E todas as lágrimas que por ti derramei
Secaram e não deixaram rastros?
Voltamos a nos agredir,
Ou será que nunca houve batalha
E todas estas feridas
São produtos de meu próprio masoquismo?
Voltamos a nos tocar,
Ou será que nunca te amei
e minha boca tu nunca beijaste
E nossos corpos estão irremediavelmente distantes?