Morrer de Ternura
Corre em minhas veias um sangue frio
Num corpo pálido e totalmente vazio
Perdido em seu próprio passado.
Ando errante feito moribundo
Um cadáver cujo caixão é o mundo
Com o coração despedaçado.
Um morto solto pela vida
De alma cansada, exaurida
Afogada num poço de loucura.
Como dói não te ter mais por perto
Vagar privado de tanto afeto
Como dói morrer de ternura.
*2012