Morrer de Ternura

Corre em minhas veias um sangue frio

Num corpo pálido e totalmente vazio

Perdido em seu próprio passado.

Ando errante feito moribundo

Um cadáver cujo caixão é o mundo

Com o coração despedaçado.

Um morto solto pela vida

De alma cansada, exaurida

Afogada num poço de loucura.

Como dói não te ter mais por perto

Vagar privado de tanto afeto

Como dói morrer de ternura.

*2012

Marcelo Nunes
Enviado por Marcelo Nunes em 19/02/2012
Código do texto: T3508129
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