COMO GAIVOLTA

Um dia cheguei perto do mar,

estava precisando de solidão,

lá encontrei a paz,

era uma madrugada fria,

olhando para o mar

repassei minha história,

vi maré alta, ressaca,

ondas gigantes,

areia úmida a molhar meus pés.

A brisa molhou meu rosto,

sem vergonha de se mostrar

as lágrimas escorreram,

uma onda as veio buscar e com ela

meu medo se foi.

Escrevi minha história na areia

e lá deixei para

o primeiro pescador que passar.

O sol despontava no horizonte,

voltei os calcanhares,

subi a passarela

como gaivota,

voei...

fevereiro 2012