Mundo paralelo

É uma via de duas mãos,

mas uma das vias está fechada

para um conserto eterno.

É um desejo incontrolável

de voltar em seu ponto normal,

saber de onde veio e se achar.

Cada movimento é passo duplo

a se adicionar ao andamento,

e quando o tempo se fecha,

que aquelas nuvens suspiram

frios de ventos gelam-te,

eu sei quem te esquenta.

Repentinamente abre-se os cegos olhos,

vidrados em um mapa velho.

O que posso ver? o inferno

que ninguém conseguiu jamais sair.

É sensação de todas emoções,

mais do que um coração pode entender.

Porém quando tem que se descançar

e deixar o copo encostado na mesa,

se vê, aquilo é muito mais que qualquer um,

a onda vermelha que faz o copo novamente entrar

em seu devido movimento.

A sorte não habita este mundo

e o desejo de estar nos que ganharam,

de todo sonho ser real,

não existe para quem fica preso.

A verdade é que isto tudo

não se passa de uma célebre doença,

aquela que te salvará do tédio

e sempre te dará algo mais.

O céu não cai, o chão não sede,

os portões se fecharam por causa sua

e apenas sua mente alienada

poderá cantar a música eterna

para este mundo se desfacelar.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 20/02/2012
Código do texto: T3510338
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