CONVICÇÃO
Convicção
Nídia Vargas Potsch
Madrugada é finda, amanhece!
O lindo céu de estrelas bordado
que estava há horas a admirar
onde sonho teu rosto, teu poetar,
e olhos a me fitar sorrindo...
desapareceram como que por encanto!
Nuvens branquinhas levaram-te
Seguiste para longe... sem mim...
Não espero que o futuro vá trazer-te.
Futuro? Qual o quê!
Não há mais tempo para se sonhar!
No presente, divago em ilusões
ao som que me chega da janela.
Entre o silencio e alguns poucos ruídos
limpo as lágrimas que rolam soltas,
da solidão e da dor de não poder
sequer imaginar... de querer que seja...
algo bonito e bom que talvez não possa ser...
Mergulho em minhas querências
para amenizar a canção de fundo,
que triste me mostra um futuro incerto,
duvidoso, ausente de brilho,
apático, repleto de mesmices.
Futuro este que não está aqui!
Que fugiu na dor do verso que não houve,
No qual não encontro os porquês...
Entre o perfume embriagador
e o desnudar dos devaneios havidos,
me encontro perdida,
na ilusão mantida e não desejada
dos reveses e avessos da vida.
Mas em todo este caos vivente,
querendo ou não,
vislumbro o navegar sereno, sem medo,
com fé e esperança na existência do Amor!
@Mensageir@
Rio, 24/02/2012
Carinhosamente, Nídia.
FELIZ FINDI!