Amor à um Abismo

Passei a viver à beira de um abismo,

Do qual não se tem fim conhecido

E faz em mim sentir os arrepios dos sopros que uivam minha mente,

Que já enlouquecida, se esvai num leve beijo inexistente

Sinto que a cada instante que se passa

Darei um passo à frente e verei tudo que vivi,

Morrer junto a mim e do Amor que um dia construí

Mas talvez o que me salve seja o cansaço,

E a desistência de me esforçar por mais um instante

Talvez o que me salve seja de fato retirar o veneno,

Que um dia eu deixei ingerir, sem tomar conhecimento das conseqüências,

Que agora me faz desfalecer em silêncio gritante

Talvez o que me salve sejas tu realmente,

Única na qual eu realmente me entrego sem questionar...

Tu que magicamente me controlas,

E faz entregar todo meu Amor a ti,

Como se fosse um incontrolável ato de meu coração

Coração esse que se encontra agora em pedaços irreconhecíveis

E nesse momento sou inapto a qualquer recuperação

E já nem sei a quem recorrer meus pedidos de socorro

Pedidos para reanimar meu coração já dilacerado

E completamente entregue ao prévio fim

Amo-te de tamanha forma

Que toda minha morte sentimental ressuscita,

A cada vez que olho em teus olhos meigos infantis,

Toda vez que dizes não viver sem minha confusa presença ao teu lado

Passei a viver à beira de um abismo,

Abismo esse que me prende somente a uma coisa...

Ao amor que sinto por uma pessoa que me faz viver intensamente,

A uma pessoa que agora já não sei viver sem,

Que em meio a abismos e terra firme continuo a Amar,

Pois minha alma jamais morrerá enquanto houver ar em meu peito,

Para dizer Te Amo minha eterna Pequena....

AndreLD
Enviado por AndreLD em 25/02/2012
Código do texto: T3520037
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