Amor à um Abismo
Passei a viver à beira de um abismo,
Do qual não se tem fim conhecido
E faz em mim sentir os arrepios dos sopros que uivam minha mente,
Que já enlouquecida, se esvai num leve beijo inexistente
Sinto que a cada instante que se passa
Darei um passo à frente e verei tudo que vivi,
Morrer junto a mim e do Amor que um dia construí
Mas talvez o que me salve seja o cansaço,
E a desistência de me esforçar por mais um instante
Talvez o que me salve seja de fato retirar o veneno,
Que um dia eu deixei ingerir, sem tomar conhecimento das conseqüências,
Que agora me faz desfalecer em silêncio gritante
Talvez o que me salve sejas tu realmente,
Única na qual eu realmente me entrego sem questionar...
Tu que magicamente me controlas,
E faz entregar todo meu Amor a ti,
Como se fosse um incontrolável ato de meu coração
Coração esse que se encontra agora em pedaços irreconhecíveis
E nesse momento sou inapto a qualquer recuperação
E já nem sei a quem recorrer meus pedidos de socorro
Pedidos para reanimar meu coração já dilacerado
E completamente entregue ao prévio fim
Amo-te de tamanha forma
Que toda minha morte sentimental ressuscita,
A cada vez que olho em teus olhos meigos infantis,
Toda vez que dizes não viver sem minha confusa presença ao teu lado
Passei a viver à beira de um abismo,
Abismo esse que me prende somente a uma coisa...
Ao amor que sinto por uma pessoa que me faz viver intensamente,
A uma pessoa que agora já não sei viver sem,
Que em meio a abismos e terra firme continuo a Amar,
Pois minha alma jamais morrerá enquanto houver ar em meu peito,
Para dizer Te Amo minha eterna Pequena....