O mensageiro


Deito sobre meu leito um papel em branco
a espera daquele que é o mensageiro da madrugada
que com hora marcada chega sem bater...

Chega no meio da noite depois de longe espera
arrebata desejos como se fossem aqueles
os últimos momentos para escrever em versos...

Desdobra o papel, pega sua pena colorida
e começa a desenhar em estrofes um poema
como se aquele fosse o primeiro...

Sinto a pena deslizando sobre o papel
revelando nele os pontos principais
de um corpo sedento por amor...

Fixo meus olhos naquelas mãos que
deslizam suavemente pelo papel demonstrando
conhecer cada linha a ser traçada...

O mensageiro sabe que mais cedo tem que partir
sem perder tempo vai deixando seu recado
me levando à loucura cada vez que sua pena pousa no papel...

Jataí.GO
19.01.07