Engano
É meu o recado
no poema sem recato.
Vôo alto. Salto no meu
abismo aloucurado.
Costuro no roto da
madrugada a miragem.
Saio sem destino com
a incerteza na bagagem.
Enganos? Dano meu.
Vi o mito – prometeu.
Valeu o não valor,
vinguei minha dor!
E daí? Nada! Nova é a lua
a convidar toda a luz na rua
a dourar a noite descontente,
fritar o passado na sua lente.