Fria madrugada
Mais uma vez ela chegou ligeira e fria,
Batendo-me a cara, me tirando o sono
Sinicamente me ameigou a cabeça
E me fez lembrar-se do teu beijo
Insisti tanto para que ela fosse embora
Porém ela me respondeu:
Ainda não é o meu tempo
E mais uma vez ela me entristeceu o peito
Trazendo-me mais lembranças suas
Fazendo-me, remoer por dentro
Jogando-me na cara
Que enquanto sofro por dentro
Você está com o outro
Violando-te por inteiro
Enquanto que eu, só podia mesmo
Lembrar-me do mel teu beijo
Ai, mais uma vez pedi, por favor, vai te embora
Mas ela de novo me respondeu:
Não vou, ainda não é chegada minha hora
Então, ela me fez enxugar as lágrimas do rosto
E me disse:
Acalma-te, senta, deita relaxe a tua alma
Sou a eterna madrugada, que não pode ir embora
Mas não vim para te fazer sofrer
Vim para te lembrar do teu amor,
Mas também para te ajudar a esquecer
Esse amor que te faz tanto mal
Sou a madrugada e quero te fazer
Descansar o teu coração
Arrancando esta adaga do amor
Cravada sobre teu peito
Que agora chora de dor