Ah, o amor...!
Esse nobre sentimento
Que nos desatina
Embriaga o pensamento
Desequilibra, extermina
Todo o bom senso.
Desaloja alma criança,
que baila solta, perdida
entre afagos e ciúmes,
carinhos e perfumes
ilusões e incertezas
Ah o amor...
Esse fantasma nobre
Que nos tira a calma,
Embebeda a alma
e torna inocente
o mais sábio vivente.
Não se sabe mais viver
Sem querer, sem ter seu amor.
Ah sentimento profano,
Pagão e infame
Tão manso e abençoado,
Tão ardente e discriminado
Tão luz, tão vida
E sempre há quem reclame,
Pois deixa enormes feridas,
Mesmo sendo ele a razão de toda a vida