Fragmentos de amor

Como pode o amor ser tão necessário,
Se nem ao menos podemos compreende-lo,
O amor que nos faz tão bem,
Nos traz felicidade, nos gera tanto prazer,
É o mesmo que pode trazer a tristeza,
O lamento e o desprazer.
Que necessidade insana é essa que temos,
Não importa quem, quando ou onde,
Sempre vai haver alguém,
Um ser comum, mas que de comum nada tem,
E nos passa a impressão que necessitamos,
Daquela pessoa o tempo todo,
Como que se sozinho já não fosse capaz viver,
Mesmo sabendo que até ali sempre estivemos sós.
Como pode o ser humano querer,
Necessitar tanto de uma outra pessoa,
Simplesmente para chama-lo de meu,
E desperdiçar juras de amor,
Que no amanhã poderão voar com o vento para longe,
Sem nem ao menos nos darmos conta,
Que vivemos tudo que quisemos,
Mas nada que desejamos,
Sim, porque o desejo é diferente do querer,
O querer é lógico, é imediato é o agora,
O desejo é sagrado, é a esperança, é amanhã,
É o amor que deixamos de viver,
Ou amor que compreendemos que ainda,
Mesmo o tendo perdido será para sempre,
O verdadeiro único amor, até o próximo amor chegar.
Hipocrisia, talvez, sabedoria, jamais,
Entendimento, nunca, esperança, sempre
Amor é tudo que temos,
O restante é fragmentos de amor,
Que ficam pelo caminho.

Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 10/03/2012
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