Te amo!... só isso não basta!

Quando eu te ví pela primeira vez, eu gelei.

Sentí os pés saírem do chão, sentí mêdo.

O teu sorriso dengoso, gostoso, começou a mexer comigo.

Daí, eu jurei ter toda uma vida, contigo.

Pegaste nas minhas mãos geladas, frias, que situação.

Parecia um bólido de fórmula 1, o meu coração.

Fui me acostumando e gostando da nossa vida.

Dos desencontros, das idas e voltas.

Da nossa primeira vez no sexo, no prazer, no amor.

Começou a crescer entre nós uma turbulenta paixão.

A cada dia que passava, eu te queria e te desejava mais e mais.

Coloquei toda a minha vida em tuas mãos.

Te dei um amor infinito, lindo, tão bonito.

Te esperei de manhã, de tarde e à noite.

Te tive só minha, em cima e embaixo do meu corpo.

Suamos, gememos, gritamos sem sentir nenhuma dôr.

Depois de tanto querer, eu descobrí,

que tudo isso não é amor.

Eu te quero, tú me queres.

Eu te desejo, tú me desejas.

Eu te tenho, tú me tens.

Mas o amor tem que vir do fundo da alma.

E não só da vontade de estar comigo ou contigo.

Então, “eu te amo!” já não é tudo.

Eu te amo!

além de ser dito, tem que ser sentido, vivido.

Eu te amo!

tem que ser dito um zilhão de vezes.

Pra ser fixado no coração, tatuado na alma.

Eu te amo!

tem que ser vivido, dia a dia, infinitamente.

Se não, “eu te amo!” perde o sentido.

Não vale a pena dizer.

Manaus, 20 de março de 2012.

Marcos Antonio Costa da Silva