TORTURADA...

sempre que mentalizo tua ausência

penso nas doces palavras

que com carinho me dizias;

era um sibilar de frases incontidas

que com o calor do desejo

despejavas em minha nuca.

Nesse delírio, minha saudade sempre escuta.

Vou partida ao meio nessa dor desfigurada

somando trajetórias que nunca alcancei,

aumentando as feridas que nunca curei,

enveredando por curvas que jamais ousei,

por ser tu, a minha pele torturada.

Abracei teu vulto amado

dentro das incerteza de dias vazios.

Hoje, tuas mãos invisíveis resvalam minha dor;

sempre vejo-te neste suplicio de amor.

Não posso deter-te!

Corres para a sombra

que te assoma,

de mim te afastando,

condenando-me a perder-te.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 24/01/2007
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