Uma canção.

Teus brincos reluziam a lua, nua,

Eu parado na leitura do teu corpo, eu lia,

Em cada canto um verso, uma cantiga, você sorria...

Peguei meu violão e toquei teu corpo, despertei,

O melhor acorde abaixo da cintura, era pura,

Decifrei tuas notas, idolatrei teu agudo, fiquei mudo,

Um suave dedilhado deleitava a canção, esquecera solidão,

No teu corpo poesia, eu lia,

A pureza suave em Fá, fazia...

Me perdi no tempo, a canção era passado, voltei no tempo,

Cantei uma promessa, prometi uma canção, não tive tempo,

Na canção suave vida, desafinei,

Me perdi no verso, cantei fora do tempo, desapareci,

Na tua boca de lábios suaves, um grave...

Na minha boca torta nenhuma palavra reta, era incerta,

Acabaram os versos, sem poesia,

Meu corpo frio, a canção acabou,

Fechei meus olhos, solidão,

Hoje em dia, não toco mais violão.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 24/01/2007
Código do texto: T356984