Expulso dos campos do paraíso
Você abriu as portas do paraíso / Convidou-me a entrar
Contemplei toda sua beleza / Avancei enlouquecido
Corri pelos seus campos / Brinquei com sua curvas
Escalei seus montes / Explorei seus vales
Penetrei sua gruta / Saciei desejos incontidos
Apaixonado por você / Adormeci e sonhei no seu colo
Agora você me desperta / Me expulsa do paraíso
Proibi-me de retornar / Fecha suas portas
Ignora minhas suplicas / Castiga-me com a abstinência
Condena-me a vagar como moribundo / Enlouquecido pelas lembranças do paraíso
Condena-me a pagar por um pecado / Um pecado que nem sei se cometi
Pergunto como pode haver pecado / Em sucumbir ao amor, aos desejos e a volúpia insana
Peço por clemência / Apelo para sua generosidade
Se existe culpa em amar-te / Que eu não fique a vagar como morto-vivo
Que eu seja lançado ao fogo do inferno / Que minha alma vire cinzas
Mas se não existe culpa / Então acolhe-me de volta ao paraíso
Deixe-me retornar aos seus braços / Beijar seus lábios
Acariciar seu corpo / Amar-te como ninguém jamais te amou